quarta-feira, maio 31, 2006,10:52 da manhã
Temeroso aviso
Avisam-se todos os peões desta vida que tenham cuidado pois a partir de hoje vou passar a ser um indivíduo motorizado, ao contrário das pretensões do Rui Zink.
Lamento Rui.
Aos restantes peões, um sincero desejo de muito cuidado.
Tenho dito.
 
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terça-feira, maio 30, 2006,4:39 da tarde
Futebol
É verdade que não há vida sem futebol. Pelo menos para mim. Um dia sem ver uma bola, sem me lembrar do golo do Milla em 94 e o dia já não é dia.
Mas há um facto inabalável e esse é mesmo o de ter descoberto, para grande temor meu, que já não sou o mesmo e que já não aguento 45 minutos de um futebol razoável sem soar que nem um porco.
Ai de mim que estou desgraçado! No horizonte afigura-se o fim da minha brilhante carreira de futebolista.
Figo, espera por mim!!!!
 
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,10:35 da manhã
Crucifiquem-me
Hoje o dia amanheceu assim meio para o enublado, fazendo-me lembrar dos meus últimos tempos de pândego estudante universitário por terras de onde partiu o Titanic.
Contrariando o calor tenebroso que se tem feito sentir, hoje até estou com um relativo bom humor matinal, o que me leva ser mordaz e satírico.
Gosto destes dias.
Que querem que faça?
Gosto.
 
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segunda-feira, maio 29, 2006,10:24 da tarde
exercicio espiritual
é preciso dizer rosa em vez de dizer ideia
é preciso dizer azul em vez de dizer pantera
é preciso dizer febre em vez de dizer inocência
é preciso dizer o mundo em vez de dizer o homem

é preciso dizer candelabro em vez de dizer arcano
é preciso dizer para sempre em vez de dizer agora
é preciso dizer o Dia em vez de dizer o Ano
é preciso dizer Maria em vez de dizer aurora

Cesariny
 
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,3:47 da tarde
Ai eu, ai eu...

Digam lá que eu não sou um malandreco...

Seja como for, eu sempre prefiro sem gelo para poder sentir o sabor na totalidade.

 
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,12:51 da tarde
Há coisas assim...
Ao continuar o por vezes moroso processo de catalogação desta biblioteca onde me encontro a trabalhar, deparo-me perante uma parafernália de assuntos num único livro que se chama pura e simples: O mar.
Para além do facto de eu considerar que mais do que seis assuntos para o livro seja uma questão de pura esquizofrenia, quando me deparo com a redundância de temas, tenho a certeza. Ora repare-se:
Animais, mar
Fauna Marítima

Para mim estes dois assuntos são precisamente a mesma coisa. Dita porpalavras diferentes, mas a mesma coisa.
Deus me perdoe, mas vou desde já fazer um um-dó-li-tá para ver qual dos dois figurará.
 
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,10:44 da manhã
Nossa senhora da Penha

Todos os dias ao entrar na escola, olho para a ermita de Nossa senhora da Penha e peço-lhe um qualquer tipo de protecção para o dia que inicio.
Mas ontem foi a romagem para a Penha e eu não quis saber.
Não que isto se deva a um qualquer tipo de zanga de namorados (metaforicamente falando), mas sim a uma atitude de pleno protesto interior em relação aos destinos governativos desta paróquia. Bem sei que esta revolta espiritual ou assim se deve única e exclusivamente a uma pessoa. A bem da desinformação, não direi quem é.
Depois de ter perdido o 25 de Abril, perco a romagem à Penha.
Estarei eu em Grândola sem realmente o estar?
 
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domingo, maio 28, 2006,1:04 da tarde
Ressaca
Pois é meus amigos- estou com uma ressaca daquelas que não lembra ao diabo. Ainda bem que hoje ainda é domingo, pois de outra forma estaria com uma cara de segunda feira ainda mais carregada que a de uma pessoa que eu vou conhecendo. Agora compreendo o porquê de haver pessoas que todos os dias se metem nos copos. Assim não têm de acordar com uma dor de cabeça e azouados , pois aliviam-na continuamente. Mas enfim... viva o decider e a vodca com laranja.
 
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sexta-feira, maio 26, 2006,10:30 da manhã
Bom dia!!!!
Há dias em que desde o momento que acordo até algures antes do almoço, que só me apetece dizer asneiras.
Mas note-se, não são asneiritas como um Poça ou Caraças. São mesmo daquelas sonoras e capazes de chocar os mais puritanos.
Hoje, para o bem ou para o mal, é um desses dias.
 
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,12:24 da manhã
É agora
Estava eu calmamente a tomar um cafézinho na minha amiga Nide quando o telemóvel toca com a irritante gravação avisando que a escola estava a ser assaltada. Logo hoje , que até decidi deixar de ser coruja da noite e dar uma voltinha, logo hoje ele tinha de tocar. Ainda pensei nem sequer lá ir, mas como o instinto é sempre maior que o pensamento lá fui armada em tonta ( pois que outro nome não posso ter) à procura de algum indicio que me fizesse supor que era desta vez que alguém tinha tido a bondade de fazer desaparecer alguma da muita tralha que existe para nos dar cada vez mais trabalho. Mas não foi desta não senhor. Algum bichinho deve se ter lembrado de arriscar um voo mais planado e accionou o alarme. Tudo estava no sitio, nem um único papelinho fora do lugar. Resumindo.... ando a pensar sériamente em levar um saco cama para a escola. Para bom entendedor....
 
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quarta-feira, maio 24, 2006,8:20 da tarde
Perdoada?
Será que serei perdoada pelo post anterior? e se pagar uma caipirinha no Kargas, não sofrerei retaliações?
 
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,8:09 da tarde
Brincadeirinha

Tenho de reconhecer que adorei este desenho , que foi surpreendentemente bem concebido para demonstrar o que sofrem os professores de inglês que trabalham na nossa escola. Ficam com os cabelos em pé, pelos vistos , mas também não é de admirar. Os nossos garotos passam um dia inteiro na escola , aprendendo, aprendendo, aprendendo. Eles são números, letras, sólidos geométricos, funcionamento da lingua, estudo do meio. E como se não bastasse , depois de tudo isto e muito mais ( n faço comentários ao muito mais sob pena de ainda levar uma rebocada) ainda têm de aprender a dizer mesa, cadeira, preto, branco, um , dez e por aí adiante. Sob pena tb de o meu caro amigo Magnnus me aprontar alguma por esta partidinha , arriscava a dizer que se calhar os garotos decerto gostariam mais de estar a brincar , jogar à bola, enfim... um sem número de actividades próprias para estas idades. Mas como a nossa ministra quer que os mocinhos aprendam o inglês logo no 1º ciclo, então as crianças arranjaram uma forma de boicotar o sistema e vai daí toca a fazer a vida negra aos professores. Mas , pensem positivo... falta só um mesinho para as aulas terminarem. Depois disso , a cabeleira voltará ao normal.Boa?
 
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,7:37 da tarde
reforma
Ontem, uma colega por quem tenho imensa consideração, entremeada numa conversa sobre o futuro que se avizinha para os professores disse-me com o ar mais ingénuo do mundo: Não nos devemos preocupar muito com o que o senhor secretário de estado diz , porque mais dia menos dia chegamos à escola e esta está fechada. E porquê? Ora, porque são tantas as reformas que a única que falta é precisamente fecharem as escolas.
Sinceramente que fiquei confusa. Nã lhe pedi que explicasse outra vez , poix não me considero burra, mas na verdade ou sou eu que estou a ficar um pouquinho lerda ( a esclerose está a avançar a passos largos) ou então alguém continua a sonhar com o paraiso , um sitio com muitos anjinhos, sem criancinhas, e com o dolce fare niente.
 
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,3:25 da tarde
Estória colectiva
A fim de celebrar a semana da palavra, foi lançada na escola a iniciativa de se escrever uma estória colectiva.
Tendo começado por um "Naquele dia...", não me coibi de começar a dar-lhe seguimento com: ela acordou já a refilar.

Mais se segue
 
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,12:33 da tarde
Vários tipos
Ao longo destes últimos meses tenho tentado ler da melhor maneira possível a estória do angolano Ondjaki Ynari de modo a que as criancinhas tenham terríveis pesadelos à noite.
E assim me apercebi das várias posturas docentes, que em seguida ouso classificar de forma imparcial e justa, como já vem sendo meu hábito:
1 - Não respinga
O professor não respinga é aquele que ouve um espirro de um miúdo prestes a morrer de pneumonia e lhe lança um olhar assassino, já se preparando para lhe fazer uma qualquer intimidação.
Este paradigma corresponde geralmente a professores em fim de carreira, que, graças à sua experiência, já não dão qualquer espaço a qualquer laivo imaginativo das crianças.
Costumam referir os tempos da outra senhora mais do que seria desejável.

2- Pedagogicamente correctos
A qualquer comportamento que saia da normalidade, olham para os miúdos com um ar bondoso e tentam compreender a sua situação sócio-económica, integrando-os num qualquer caso de excepção, pois todos os casos são excepções.
Costumam, ainda, ter uma voz suave e fingir que percebem as crianças, o que as faz serem cépticas em relação a um futuro brilhante.
Correspondem, geralmente, a professores que cursaram no auge da época revolucionária e acreditam que será possível mudar o mundo.

3- Consolidação democrática
Esta nova geração, que já tirou o curso no período de consolidação democrática e que eram demasiados novos para perceber o que foi a entrada de Portugal na CEE, e que gritam como o primeiro tipo aqui referido e tentam perceber as crianças como o segundo.
I. e., são filhos de uma cultura pedagogicamente correcta, mas já aprenderam a lidar com "experiência" face aos repentinos da cachopada.

Não me deixa, contudo, deixar de espantar como todos os casos supracitados se preocupam verdadeiramente com as crianças. Para mim, quando uma criança cai, caiu. Levanta-se. Se quiser. - Isto foi uma metáfora

Seja como for, qualquer parecença com a realidade pode não ser mera coincidência, mas recuso qualquer tipo de identificação pessoal com o que quer que seja.
 
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terça-feira, maio 23, 2006,2:06 da tarde
Lição Pedagógica V
Ao ver uma ciganita a entrar na biblioteca de passo confiante, mando o típico piropo, capaz de alegrar o dia ao mais desprevenido deprimido:
- Hoje vens toda jeitosa p'ó Keidson.
Não será de admirar que Keidson é um miúdo de origem brasileira e não um qualquer anfíbio desses que aparece em enciclopédia com mais de 300 páginas. A ciganita, essa, virou-se para mim de "sopetão" e respondeu-me:
- Oh Pedro, não sabes que eu sou cigana e que os ciganos não casam com brasileiros?
Confesso que gostei particularmente da forma enfática como ela disse "não".
 
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,10:31 da manhã
Asneiras ou a questão da comunidade
Muitas vezes prefiro dizer asneiras noutras línguas.
Isto tem um objectivo muito concreto. Primeiro porque evito ofender a maior parte dos ouvintes e segundo porque "scheisse" (leia-se cháissa) é de longe muito mais forte do que a nossa "merda", salvo seja.
Mas enfim, todo este preâmbulo serva para justificar o momento que se segue, numa língua que não a nossa:
"A few years ago, Cindy joined one of those dreadful reading groups, where unhappy, repressed middle-class lesbians talk for five minutes about some novel they don't understand, and then spend the rest of the evening moaning about how dreadful men are."

Como gostaria de ter a eloquência da narrativa do Nick Hornby.
Ah, pois, a citação vem do livro que agora devoro A long way down, isto a páginas 71.
 
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segunda-feira, maio 22, 2006,2:39 da tarde
Mais uma segunda feira
Ora cá temos mais uma segunda feira o que significa que até ao próximo sábado ainda temos de bulir cinco durante cinco dias. Depois da semana que passou ter sido agradávelmente preenchida com dois serões bastante intensos ( recital de poesia e comunidade de leitores) parece-me que esta semana vai ser de tal forma rotineira que dou por mim a desejar que os dias passem depressinha até ao dia em que novamente me encontrarei com os demais interessados para mais uma noite de cultura. Valha-me ao menos o livro do Alexandre que me acompanha nas noites de insónia. Estou a gostar, sinceramente que estou, mas continuo à procura das mortes, dos raptos, das violações que tardam a aparecer. e já vou no terceiro volume. Pode ser que agora.... Amanhã logo vos digo
 
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,10:47 da manhã
Bucólico

Nada melhor do que uma fotografia bucólica para se começar o dia.
Afinal passear o cão pela manhã até tem os seus benefícios...
 
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domingo, maio 21, 2006,9:50 da tarde
E agora?
Decerto que tal como eu , muitos grandolenses ( e não só, pois claro!) viram nas páginas dos jornais que este ano nos direitos de transmissão adquiridos pela Sport Tv à FIFA para a transmissão do Euro 2006 não consta o chamado public viewing. Ou seja não podemos unirmo-nos à volta de um écran gigante e torcer pela nossa equipa, num gesto de soidariedade e patriotismo. Logo agora que o Euro se aproxima a passos largos e que já todos os portugueses se preparavam para gritar, chamar nomes ao árbrito, chorar pelos golos perdidos , abraçar o vizinho do lado que não conhece de lado nenhum, so pelo simples facto de sermos portugueses e torcermos pela nossa equipe, enfim... uma série de razões que podemos sempre arranjar.
E agora? como vai ser? Logo no dia 11 de junho que nos preparávamos para assistir ao Angola POrtugal no parque de feiras e exposições , logo seguido de um samba lélé com a Daniela? Esperemos para ver!
 
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,8:01 da tarde
Num fim de semana
Tenho pensado muito.
Coisa rara, porventura. Até nem sou rapaz de fazer essas coisas, mas às vezes até que me dá para aí. De um jeito meio confessional, tal como o é todo este blog, confesso que a última comunidade de leitores me fez analisar o mundo de uma outra perspectiva.
Vamos lá ver quais serão as ocnsequências disso.
 
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sexta-feira, maio 19, 2006,8:39 da tarde
fim de semana
Mais um fim de semana se aproxima a passos largos. E já tenho planos . Não serão assim tão interessantes, mas decerto me dará um gozo enorme ler no domingo o Joint do Alexandre. Tenho pena de amanhã não o poder levar para a formação, mas decerto que o devorarei de uma ponta a outra , ao som de um belissimo cd que a minha amiga einir me ofereceu . A harpa nunca foi um dos meus instrumentos preferidos mas tenho de confesar que este cd superou todas as minhas expectativas pela positiva. Assim vou aliar o mistério à magia. Vamos lá ver o que vai resultar no fim.
 
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,4:41 da tarde
Lição pedagógica IV
Ao avistar uma tarte com um ar delicioso nas mãos de uma criança, lembrei-me da maravilhosa expressão portuguesa do "roubar um doce a uma criança" e dirigi-me a ela com ar clemente:
-Dá-me um bocadinho de tarte que já não como há pelo menos vinte anos.
- O professor é um mentiroso.
Ah pois sou. Fui descoberto.
Regresso ao trabalho.
 
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,10:30 da manhã
Consequência
Nada melhor que curar a ressaca com um galão e um folhado misto.
Nada pior do que entrar em quatro pastelarias e nenhuma ter folhados.
 
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quinta-feira, maio 18, 2006,3:38 da tarde
Orgulho patriótico
Aquando da catalogação de uma pequena colecção de livros de história de Portugal do já (pelo menos para mim) ano da graça de nosso senhor de 1953, deparo-me com o seguinte título de colecção: A história mais linda do mundo. Que o é, é. E sinto o esplendor nacional a explotar dentro de mim.
 
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,3:33 da tarde
no lo creo...
Perdoem-me os mais cépticos mas que elas existem ... existem. Toda a semana tenho tido algo para acreditar que sim. A sorte é que amanhã já é sexta feira , e decerto com ela parte a onda de má sorte que pairou como uma nuvem bem cinzenta , por cima da minha pessoa. A sorte de tudo não parecer extremamente negativo foi sem dúvida o serão de terça feira, e espero que o de hoje também apazigue um pouco o azar que teima em se instalar . Como diz o povo... No lo creo em bruxas mas que las hay...
 
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,12:51 da tarde
Há manhãs muito mais sombrias do que outras...


Ouvi dizer que isto deve-se à variável: número de cervejas ingeridas no dia anterior.
 
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,11:37 da manhã
Partida
Há pensamentos e ideias que nos ficam, tal como o que se segue:
A cultura não serve para partilha, mas sim para afirmação.

Claro está que esta frase, que é facilmente refutável, se aplica a um grupo exclusivo de pessoas, o qual espero nunca vir a integrar. Mas quem sabe o que é que o futuro nos reserva?
 
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quarta-feira, maio 17, 2006,10:55 da manhã
Ressaca do recital
Na ressaca do recital, as opiniões são unânimes: o melhor da noite foi sem dúvida o bacalhau com natas.
 
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,12:55 da manhã
Agradável surpresa
Tenho de confessar que depois de um dia em que a vontade de esmifrar alguém me passou sériamente pela cabeça, vi o meu stress compensado por um agradável jantar regado com uma belissima sangria e a companhia de dois jovens bastante interessantes no ponto de vista literário ( nada de confusões), sem esquecer a minha companheira de guerra claro está.
E para completar nada melhor que um serão repleto de boa disposição, combinado com poesia excelentemente bem escolhida por estes dois jovens. Gostei, sou franca, apesar de no inicio ter ficado um pouco céptica com o nervosismo de um deles, mas que se compreende pois comos e diz na giria jogava em casa. Mas aos poucos , o receio desvaneceu-se e para dizer a verdade fiquei com uma certa pena quando o recital chegou ao fim. Ouviria com bom grado mais uns poemas. Mas pronto! Como foi a primeira vez, desculpo. Deixo no entanto uma proposta; Num espaço tão interessante e acolhedor como este que temos , porque não haver mais noites assim? Como eu costumo dizer é tão bom beber cultura!
 
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terça-feira, maio 16, 2006,8:32 da tarde
Férias à força
Pois é meu amigos com geitinho ainda vou ter direito a umas férias forçadas. E tudo porque alguém se queixou do meu cão à Guarda. Logo ele que deveria ser cão de guarda, mas em vez disso saiu-me um cão de casota, pois mal vê alguém esconde-se, foi acusado que passava as noites a uivar. Ora bem , se formos um bocadinho espertos, sabemos que os cães por norma ladram, então qdo as suas companheiras têm aqueles dias do mês, qualquer cão que se preze quer libertar as hormonas , e ele como está do lado errado da rua deeja o que todos querem.Como não apanha, uiva. Mas todas as noites? Por onde tenho andado eu no meu sonambulismo que mesmo adormecendo quase todos os dias entre as três e as quatro da manhã , nunca o ouvi? deve ser o problema no ouvido que tenho que me nao permite decerto. Não sei como vai acabar este filme , mas só peço a todos os presentes que caso eu tenha de partir para umas férias forçadas, me visitem e se façam acompanhar por uma caipirinha bem fresquinha, para matar as mágoas
 
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,11:00 da manhã
Ligeiro desvendar do véu
Hoje à noite farei homenagem a dois scalabitanos.
Um por uma razão óbvia e o outro por uma óbvia razão.
 
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segunda-feira, maio 15, 2006,10:33 da tarde
E porque não?
Já que recebi um aviso muito perpicaz do meu amigo Magnus no seu ultimo post, de como não tenho geitinho nenhum para escrever, porque não continuar a conhecer um pouquinho mais dos famosos poetas que amanhã terão lugar de destaque num recital de poesia aqui na nossa vila , num espaço super agradável de seu nome Garrett.

Em todas as ruas te encontro / Mario Cesariny

Em todas as ruas te encontro
Em todas as ruas te perco
Conheço tão bem o teu corpo
sonhei tanto a tua figura
que é de olhos fechados que ando
a limitar tua altura
E bebo a água e sorvo o ar
que te atravessou a cintura
tanto, tão perto , tão real
que o meu corpo se transfigura
e toca o seu próprio elemento
num corpo que já não é seu
um rio que desapareceu
onde um braço teu me procura

Em todas as ruas te encontro
Em todas as ruas te perco
 
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,4:25 da tarde
Lição Pedagógica III
- Professor, imprime aí uma imagem do Benfica - pede desesperadamente um rapazito, sedento de triunfos e ainda envergando uma camisola do glorioso campeão do ano passado.
- São 300 euros - respondo eu a fim de evitar o pouco pedagógico NÃO e esperando que o supracitado rapazito desaparecesse rapidamente do meu ângulo de visão, antes que a minha depressão devida aos maus resultados desportivos do clube igualmente supracitado viesse de novo ao de cima.
- Isso é mas é roubar - Diz isso aos gajos da Liga, pensei eu. Mas desta feita não o partilhei verbalmente para não interferir no são crescimento de mais um génio interpretativo nacional.
 
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,10:47 da manhã
Movimentos
Confesso, ando incrivelmente confessional ou a minha formação católica obriga-me a empregar esta palavra mais do que seria desejado, que os níveis poéticos deste blog me espantam. Isso porque, desde que a minha memória alcance, só consegui escrever um poema que valha a pena ser lido nestes 24 anitos de vida. E mesmo esse é um daqueles de amor que entregamos a uma pessoa e nunca mais pegamos.
Confesso ainda que já o ousei recitar. Uma vez na Faculdade de Letras, eterna arqui-rival da minha Nova.
Mas enfim, isto era suposto ser um daqueles posts de louvor, mas as segundas são assim... diferentes.
Anseio já pelas caipirinhas
 
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domingo, maio 14, 2006,2:02 da tarde
Melancolia
nos dias mais cinzentos
nas noites mais sombrias
nos desejos mais secretos
a tua presença me fascina

Me incomoda, me atrai.
num desejo doentio
num daqueles momentos dispersos
numa qualquer melancolia

Não sei quem foste
não sei quem és
Apenas sei que na escuridão do tempo futuro
serás a fonte que me inspira


Autor desconhecido ( eu)
 
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,1:42 da tarde
Os versos do capitão
Continuando nas minhas pesquisas poéticas , em grande parte por culpa do nosso amigo Magnus descobri entre muitos ,este poema de Neruda. Gostei, e partilho com vocês .



Tira-me o pão se quiseres
tira-me o ar
mas não me tires o teu riso.

Não me tires a rosa
a lança que desfolhas
a água que de súbito
brota da tua alegria
a repentina onda de prata
que em ti nasce.

A minha luta é dura eregresso
com os olhos cansados
às vezes por ver que a terra não muda
mas ao entrar teu riso
sobe ao céu a procurar-me
e abre-me todas as portas da vida.

Meu amor, nos momentos mais escuros
solta o teu riso
e se de súbito vires que o meu sangue
mancha as pedras da rua
ri, porque o teu riso
será para as minhas mãos uma espada fresca.

à beira do mar, no outono
teu riso deve erguer sua cascata de espuma
e na primavera , amor
quero o teu riso como a flor que esperava,
a flor azul, a rosa
da minha pátria sonora.

Ri-te da noite, do dia, da lua
ri-te das ruas tortas da ilha
ri-te deste grosseiro rapaz que te ama
mas quando abro os olhos e os fecho
quando meus passos vão
quando voltam meus passos
nega-me o pão, o ar,
a luz, a primavera,
mas nunca o teu riso
porque senão morreria!

NERUDA
 
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,10:58 da manhã
Geninho
Isto do recital também me ajuda a descobrir ou a redescobrir poemas que pensava já ter anulado na minha existência, tal como o que se segue...


Adeus

Já gastámos as palavras pela rua, meu amor,
e o que nos ficou não chega
para afastar o frio de quatro paredes.
Gastámos tudo menos o silêncio.
Gastámos os olhos com o sal das lágrimas,
gastámos as mãos à força de as apertarmos,
gastámos o relógio e as pedras das esquinas
em esperas inúteis.

Meto as mãos nas algibeiras e não encontro nada.
Antigamente tínhamos tanto para dar um ao outro;
era como se todas as coisas fossem minhas:
quanto mais te dava mais tinha para te dar.
Às vezes tu dizias: os teus olhos são peixes verdes.
E eu acreditava.
Acreditava,
porque ao teu lado
todas as coisas eram possíveis.

Mas isso era no tempo dos segredos,
era no tempo em que o teu corpo era um aquário,
era no tempo em que os meus olhos
eram realmente peixes verdes.
Hoje são apenas os meus olhos.
É pouco mas é verdade,
uns olhos como todos os outros.

Já gastámos as palavras.
Quando agora digo: meu amor,
já não se passa absolutamente nada.
E no entanto, antes das palavras gastas,
tenho a certeza
de que todas as coisas estremeciam
só de murmurar o teu nome
no silêncio do meu coração.

Não temos já nada para dar.
Dentro de ti
não há nada que me peça água.
O passado é inútil como um trapo.
E já te disse: as palavras estão gastas.

Adeus.
 
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sexta-feira, maio 12, 2006,9:37 da tarde
Por onde andamos?
"As mãos pressentem a leveza rubra do lume
repetem gestos semelhantes a corolas de flores
voos de pássaro ferido no marulho da alba
e ficam assim azuis
queimadas pela secular idade desta luz
encalhada como um barco nos confins do olhar.
...."


Al Berto

Nada melhor que um convite para um recital de poesia para a minha curiosidade se instruir . Bem Hajam os que promovem o interesse, a participação e aguçam a vontade de crescermos um pouco mais na literatura.
 
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,10:25 da manhã
Lição Pedagógica II
- A professora Graça? - pergunta-me um outro miúdo com um ar de comiseração capaz de embevecer o mais terrível dos Herodes.
- Foi raptada por um pão com chouriço - respondo de forma a quase eu também acreditar na resposta.
- Pedro, continuas o mesmo.
Confesso que este tipo de resposta me fazem pensar, pois se calhar, e contrariando o meu esforço de desenvolvimento pessoal, continuo, efectivamente, o mesmo.
 
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,10:22 da manhã
Lição pedagógica I
- O professor gosta de ver o Gato Fedorento? - pergunta-me um miúdo enquanto eu me entretia em catalogar o Chamo-me van Gogh e me lembrava da auto-mutilação da sua orelha.
- Sim - respondi, já receoso de que tivesse que ouvir mais uma daquelas cruéis e intermináveis imitações.
- Eles às vezes são um pouco ordinários, não são? -respondeu, mostrando um tenebroso bom senso.
 
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,12:45 da manhã
Cântico Negro
"Vem por aqui"dizem-me alguns com os olhos doces
Estendendo-me os braços, e seguros
de que seria bom que eu os ouvisse
Quando me dizem " vem por aqui"
Eu olho os com os olhos lassos
( Há nos olhos meus ironias e cansaços)
e cruzo os braços
e nunca vou por aí...


Poema de Josè Régio que muito gostaria de o ver recitado pelo meu querido amigo Magnus. Pode parecer pieguice , mas gosto particularmente deste poema.
 
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,12:29 da manhã
Pedagogia II
Ainda a respeito da tal reunião ao que a senhora ministra por problemas de agenda n pôde estar presente, ontem enquanto descansadamente retemperava forças para mais um dia de trabalho, em conversa com uma colega que por acaso até é responsável por uma das escolas da nossa praça, ouvi-a dizer toda indignada que cada vez mais o governo dava benesses aos pais, transpondo para os professores toda a responsabilidade da educação. E mais... dizia ainda que " se os pais n têm condições para educar os filhos, então não os tenham" Oh colega! para além de tudo o que possa estar inerente a esta frase e que se me pusesse aqui a espartilha´-la psicológica e filosóficamente, há uma questão que temos de ponderar. Ou seja, se os paizinhos se lembrarem de não quererem criançinhas, deixamos de ter alunos, o que por um lado é optimo porque já que temos de trabalhar até aos 65 anos, pelo menos o Estado terá de nos colocar algures em masmorras ou catacumbas dos miistérios, mas por outro lado é mau porque não se criam lugares para mais uns docentes trabalharem apenas pelo ordenado. E depois como quer a colega que os paizinhos n queiram ter não um mas dois, três, quatro, e porque não uma equipa de futebol? Por acaso esqueceu-se das benesses que estão previstas para quem tem mais que dois filhos? Vamos lá deixar de culpar os paizinhos e começar a pensar no verdadeiro sentido da palavra do que significa ser docente nos dias de hoje, mesmo que não concordemos com muitas das novas imposições que diariamente nos entram pelos gabinetes.
 
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quinta-feira, maio 11, 2006,2:51 da tarde
Que pedagogia?
Há atitudes que me transcendem por serem de tal forma incongruentes e mesquinhas que me levam a pensar cada vez mais porque é que se tiram cursos superiores, especializações, mestrados e doutoramentos, se depois no dia a dia as atitudes são demasiado diferentes de tudo o que defendemos na tal tese final e no fim do qual até parecemos os reis da sabedoria.Tudo isto porque ontem fui surpreendida por uma questão em que uma determinada ilustradora de livros para a infância, super conceituada da nossa praça se negou a conversar com todas as crianças que durante algum tempo participaram , sorriram, sonharam com uma história muito bem contada diga-se em abono da verdade , e ilustrada pela dita senhora. Mas , esta mesma senhora que até tem uma pós graduação em Pedagogia e Educação pela arte, não abre mão das suas exigências de realeza e apenas está disposta a conversar um pouco com os alunos mais velhinhos , onde segundo parece trará um trabalhito em power point e algumas das suas obras que ilustraram alguns livros.Pelos vistos fica muito cansada e não permite um grupo com mais de seseenta crianças. Atrevo-me a pensar ( porque no meu pensamento ainda ninguém manda a não ser eu ) que a pedagogia perdeu-se algures no canudo guardado dentro de uma gaveta qualquer, ou haverá algum receio de as garotos serem potenciais futuros ilustradores e desse modo um dia , ninguém lhe pedir que mais uma vez ilustre as histórias dos escritores para a infância da nossa praça?Se calhar é isso, e como tal nada de dar muita confiança , cortar a liberdade , a possibilidade de sonhar , o incentivo de crescer olhando a arte como um caminho enriquecedor e criativo do nosso crescimento.
 
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quarta-feira, maio 10, 2006,10:57 da tarde
Terço

Estava em casa e resolvi adiar um jogo de futebol para ir ao terço, tal como me indicavam os sinos da igreja que está aqui mesmo ao lado.
Fui.
Fazia já três anos desde a última vez que me tinha aventurado em semelhante aventura e hoje voltei-me a lembrar porquê.
Estava à espera que os cânticos fossem como esse aí da esquerda e deparei-me com o mais pavoroso de todos os cantos chão que foram criados.
Claro está que falo daquele do "a 13 de maio na Cova da Iria" com uma interpretação que em nada ajudou a torná-lo um pouco mais aceitável.
A ver se agora se passam mais 3 anos até uma próxima.
 
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,9:57 da manhã
Nervos
Embora pareça uma idiotice, alturas há em que os nervos tomam completamente conta de mim pelas razões mais idiotas(eh pá, será que usar derivados da palavra idiota por duas vezes na mesma frase é um pleonasmo?) .
Dentro de momentos irei apresentar o cartaz para o recital que eu propus fazer no próximo dia 16. Embora saiba que não haverá qualquer tipo de problema e que o vou apresentar à Kitty, que por razões óbvias não deveria temer, estou nervoso.
E bem vos posso garantir que não é pouco. e o facto de a imagem não ter aparecido como queria também não ajuda.
No fundo, na parte negra deveria aparecer: Reconhece alguém? Venha conhecê-los no dia 16 de Maio pelas 21h30 no Espaço Garrett.
Também agora me apercebi que pus Março em vez de Maio.
Que mais poderá correr mal?
 
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terça-feira, maio 09, 2006,11:15 da tarde
problema de agenda
Hoje num teatro cheio de personagens armadas em intelectuais ( ou talvez não) lá me instalei comodamente para ouvir a senhora ministra da educação falar sobre as politicas educativas para o próximo ano lectivo. Ou antes.... pensava eu que iria ter a possibilidade de ouvir a senhora ministra. Mas tal não aconteceu , pois , segundo o secretário de Estado a senhora teve um problema de agenda que n lhe permitiu estar presente. Problema de agenda? que significará isso? será que a agenda adoeceu? perdeu-se algures pelo alentejo ? foi tomar um copo às docas e não acordou a horas decentes? ( a agenda entenda-se?) Mil e uma situações poderei aqui imaginar.Mas o que é certo é que se perdeu. Por isso e apesar de não ter sido solicitado aos presentes, eu arrisco a dizer que dão-se alvissaras pela agenda perdida. Nunca se sabe que segredos ela nos revelará!
 
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,2:38 da tarde
Coral de Santo Domingos
Hoje acordei (pelo menos espiritualmente) com o coral de Santo Domingos da vila alentejana de Montemor.
Embora eu seja um pouco faccionário graças aos meus anos enquanto corista e posteriormente director absolutamente desastroso, confesso que me fez bem estar a ouvi-los durante um tempo indefinido. Creio que seja importante esclarecer que indefinido é todo aquele período de tempo em que consigo estar mais do que 15m sem olhar para o relógio. Um jogo do SLB não é, nunca, indefinido.
Enfim, confesso ainda que tenho uma predilecção especial por misereres e ainda agora vai começar um e acho que nem o som das teclas do computador consigo ouvir.
Silêncio.
 
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segunda-feira, maio 08, 2006,11:13 da tarde
Ah Leão
Deixai-me ser um pouco mázinha. Sob pena de ser excomungada depois desta minha pequena dissertação, não posso deixar de me sentir feliz por o meu Sporting ter conseguido manter-se num bravo segundo lugar no campeonato. Depois de tantos desaires, de tantas trocas e baldrocas entre treinadores , de golos perdidos, chances deixadas ao acaso, e alguns tremelitantes jogos que quase puseram em risco a segunda posição, ei-los que conseguem manter-se uns pontinhos à frente do Glorioso! Mas como até sei que todos os meus convidados são benfiquistas , tendo inclusivé alguns tentado esconder da minha pessoa, a vitória do meu clube , enquanto eu por terras galesas andava, tudo isso eu vos perdoo , com a condição de num dia quente de verão me mimem com umas valentes caipirinhas . Viva o desportivismo!Ah Leoaaaaaa.... grrrrr
 
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,11:58 da manhã
Segunda-feira
2ª feira é um daqueles dias que devia ser banido dos dias da semana e de sempre.
Tenho mau humor, custa-me levantar da cama, não consigo desejar boa semana a absolutamente ninguém, as pessoas fogem só de olhar para mim e por aí adiante...
Mas pensando bem, caso se abolisse a segunda-feira, passaria a odiar a terça ou a quarta ou o que quer que a vá substituir. Como sou um rapazinho conservador, limito-me a contentar com o eterno ódio à segunda-feira.
Assim seja.
 
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sexta-feira, maio 05, 2006,9:25 da tarde
fim de semana
Mais um fim de semana .
Tenho a secretária cheia de papéis , todos a necessitar de resolução rápida, mas acontece que este fim de semana vou-me obrigar a nao pensar em trabalho. Não quero saber se preciso de enviar uns mapas para o ME, não quero saber se os senhores professores ainda n me enviaram os dados necessarios para depois eu os enviar para a DREA, não quero saber de nada que diga respeito à escola. E porquê perguntam vocês? Porque cada vez estou mais desiludida com os meus superiores hierárquicos , pela falta de consideração por quem na verdade trabalha com gosto sem se preocupar com as horas a mais que dá , com feriados e fins de semana passados na escola sem receber nada em troca a nao ser o sentir-se gratificado por ver resultados do seu esforço. Mas como esta semana estou danada, decidi esconder as chaves do portão, esquecer o código do alarme e tomar uns comprimidinhos de amnésia total para tudo o que tenha a ver com ensino.
P.S. se encontrarem por aí algumas chaves perdidas, por favor deitem-nas à ribeira!
 
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,7:12 da tarde
É aqui que tudo acontece

Pior do que se ser professor deve ser mesmo ser-se filho de professor.
Mas se filho de professor deve ser mau, de professores ainda é pior.
Ao me ver ao espelho, reparo que eu sou isso mesmo. De facto, não me consigo lembrar de ninguém na minha família que faça outra coisa independente do ensino.
Isso é tramado.
Quando hoje ouvi um miúdo a tratar-me por professor Pedro, entrei em pânico. Sorri-lhe com benevolência e a seguir aconselhei-o vivamente a desaparecer da minha vista antes que o chacinasse de acordo com os ensinamentos da crónica de uma morte anunciada.
A verdade é que à beira de completar os meus 24 aninhos ainda não me consegui livrar da escola e até é meu desejo dela continuar a fazer parte.
Crises existenciais nesta altura é que não obrigado.
Já agora, a quem é que eu posso reclamar?
 
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quinta-feira, maio 04, 2006,2:54 da tarde
Dúvida pedagógica
Há coisas que me fazem pensar e as dúvidas pedagógicas são uma delas.
Hoje e mais uma vez, houve um grupo de míudas histéricas à procura de imagens de Francisco Adam, o actor dos Morangos com Açúcar que morreu há coisa de um mês.
Informei-as simpaticamente de que ele já não É lindo, que talvez ERA fosse um verbo mais adequado à situação. Recebi um ar reprovador. Como sempre fiz, resolvi responder: Neste momento ele está dentro de um caixão a ser comido por bichinhos e já deve estar cheio de buraquinhos pelo corpo todo.
O ar de reprovação alastrou-se a um grupo maior. Resolvi pensar.
Efectivamente é isto que acontece ao corpo humano uma vez debaixo de terra. Mas a ilusão de uma vida que já não existe era evidente nas miúdas e só Deus sabe como reagirão quando se aperceberem que ele já não existe. O estar a alimentar uma ilusão, só torna a desilusão ainda maior.
Não sei, digo eu. Por isso nunca me atrevi a chegar perto das aulas de pedagogia.
 
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,2:53 da tarde
Pontualidade britânica
uma coisa que me espanta nos dias de hoje é a falta de senso nos seres humanos. Digo isto porque, estando a tomar o meu cafézinho matinal num sitio onde com frequência me apercebo dos transeuntes que apressadamente ( ou talvez não) se dirigem para os seus postos de trabalho, deparo com uma imagem que diariamente se repete. Passo a explicar. Todos os dias, por volta das nove e dez,uma menina que até anda na escola onde trabalho se faz acompanhar com os avôs ou pela mãe , com passo cuidado , lento, e em passeio. Os adultos levam a criança pela mão, e na outra seguram a mochila para ela não ir carregada. Até aqui nada de especial. Mas o que me surpreende , é que por acaso a menina deveria estar na escola às nove horas, hora que chega a professora e a grande maioria dos seus colegas. Mas mais ainda me espanto porque a mãe da menina , que por acaso também é professora mas noutro nível de ensino, pactua com este atraso . Com a velocidade de caracol que tanto adultos como a criança, levam neste passeio matinal até à escola duvido que consigam chegar antes das nove e meia. Mas meus amigos, a entrada é às nove horas! nove horas não são nove e meia. São nove ( 9 ) horas. E como até ando de mau humor, pergunto se por acaso esta mãe que até é professora noutro nivel de ensino permite aos seus alunos que estes entrem depois da hora estipulada? ou será que lhes marca falta?
Pois é... o velho dilema!
Terei de ir ao dicionário ver se a palavra pontualidade sofreu alguma metamorfose matemática. Quem sabe ....
 
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,11:01 da manhã
Home to work
Corria o segundo ano da faculdade quando foi proposta a criação de um texto entitulado "Home to work", ou em português "De casa para o trabalho".
Na altura vivia num antigo convento e pensei que isso até era capaz de ter piada. A piada resumiu-se num 13 que é aquela nota que não quer dizer nada. Nem bom, nem mau. Assim.
Passados 4 anos, volto a tentar no excerto que se segue.

Acordo.
Acordo? Acordo.
O viver perto da Igreja Matriz marca-me o ritmo da vida com as suas fatais badaladas. Para evitar coincidências já pus o despertador numa hora não certa (seja lá isso o que for). Tomo chá. Tocam os sinos, inevitavelmente. São horas de sair de casa. As vésperas já passaram. Posso sai r de casa.
Ao passar na estreita travessa que separa a sacristia da casa mais próxima, espero inconscientemente sentir o cheiro de uma noite mais bebida que as outras e agradeço a Nossa Senhora da Penha o facto de ainda estar vivo.
Cruzo a praça principal da vila onde os edifícios mais emblemáticos se parecem curvar face ao estranho monumento que celebra o foral. O foral, o foral, as ruas estreitas quase me fazem remontar à gloriosa época das caçadas em que tudo isto começou. A vila de Grândola. Penso em como vim cá parar e o que estou cá a fazer e porquê.
A rua da escola. Inspiro fundo ao ver a serra lá ao fundo com a ermita e até imagino sentir os ares saudáveis de uma natureza aqui tão perto mas sempre tão distante e percebo.
Sem em encontrar uma resposta saudável percebo porque estou aqui.
Ao passar o portão da escola, oiço os pássaros a cantar numa escola ainda mais adormecida do que eu.
Chego à biblioteca, abro as portas e digo de mim para mim: Bom dia!
 
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quarta-feira, maio 03, 2006,10:12 da tarde
dúvidas existenciais
Pronto!
Tenho de reconhecer que ando com mau feitio. Cada vez tenho menos paciência para o diz que disse, para as fofocas de corredores, para o olhar interrogativo de como quem diz " será que elas já sabem? "
Sei que não devia incomodar-me com isso, porque não é a primeira vez ,nem será a ultima, mas acontece que hoje estou mesmo com mau humor e zás.... nada melhor que o exteriorizar!
Então não é que tanto eu como a Marianita ( a minha chefa) e a Fernandita ( a minha parceira nos trabalhos forçados) mantemos a boquinha fechadinha a sete chaves , sobre um assunto que nos foi dito informalmente sobre a verticalização do nosso agrupamento, e qual não é o meu espanto quando já várias pessoas me interpelaram , como se a suposta informação fosse um dado adquirido? e mais grave ainda, qdo essas mesmas pessoas nem estiveram presentes na reunião onde se levantou essa hipótese?
Será que tb existem paparazzis na educação? telefones sob escuta? Câmaras ocultas? ou será que a palavra "sigilo profissional" deixou de ter significado?
 
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,10:48 da manhã
Fotografia para o dia

Nada como começar o dia com uma fotografia do brasileiro Sebastião Salgado a fazer-me lembrar que nem todos nascemos iguais embora assim nos ensinem na escola.
 
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terça-feira, maio 02, 2006,4:15 da tarde
Lembranças
Há alturas em que sinto uma vontade incontrolável de dizer alguma coisa inteligente, mas não consigo. Não consigo, é mais forte do que eu.
Paula Rego, Paula Rego...
Poderia dizer que gosto dela. Melhor, da obra dela, do que ela pinta, que tem contrato com a Tate, que já fui à Tate, que comi uma sandes à frente da Tate depois do Portugal - Inglaterra do Euro 2004, que ela estudou num colégio inglês ali na linha, que o que a Tate faz fê-lo a Câmara de Sines com a Graça Morais e por aí adiante...
Mas nada disto me parece inteligente o suficiente para ser dito.
Melhor será voltar à catalogação:
ISBN: 972-710-248-4
 
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,2:21 da tarde
Santa ignorância....
Depois de três quinze dias a tentar fazer um pequeno filme sobre a vida e obra de Paula Rego, eis-me completamente satisfeita e até orgulhosa com o feito. Pelas duas da manhã desliguei o pc , com a certeza que tudo correria bem, pois artistas destas que nem precisam de ler livros para saber como utlizar os programas das novas tecnologias, nunca esperam pelas surpresas que poderão surgir.
Pois é, mas há sempre um mas... que nos leva a pensar porque diabo as novas tecnologias afinal não funcionam quando mais precisamos. E foi isso que aconteceu. Quando na pen procurei o filme, apenas encontrei .... o texto , e no lugar das imagens um valente X , quase me fazendo recordar os velhos tempos de escola em que a professora cortava desmesuradamente todas as respostas erradas no teste. Felizmente e porque até era uma menina atinadinha ( quem havia de dizer?) nunca fui povoada com os mesmos. Mas , quando , já nesta idade , os X aparecem à nossa frente, a vontade que sentimos é de gritar os maiores palavrões possiveis. Ah poix.... porque depois de noites e noites sem dormir, de bloqueios no pc que me obrigaram a reiniciar todo um trabalho uma série de vezes, de pesquisas muitas vezes infrutiferas, até conseguir um misero filme de cinco minutos, agora nada ficou gravado?
Pois, meus caros, é azar , mas se calhar , se eu tivesse perdido um bocadinho do meu tempo e tivesse lido, nem que fosse em diagonal,as informações que o pp programa tem no windows , saberia que para poder reproduzir o filme ,teria de o gravar precisamente como filme.
Mas o que importa é que aprendi a lição . Até quando? Não sei! Mas o que é certo é que tão cedo n repetirei a asneira.
 
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,1:15 da tarde
O meu primeiro, ou como se assim fosse
Pois recebi um convite e aqui estou eu a fazer usofruto dessa liberdade.
A partir deste momento fatal que não terá qualquer tipo de retorno pois não tenciono apagar o que escrevi, farei parte deste blog.
Peço então a misericórdia de todos os clementes leitores para agora e para o futuro.
 
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segunda-feira, maio 01, 2006,9:38 da tarde
feriado?
Devia ser proibido trabalhar aos fins de semana e feriados, ah pois devia! Ou melhor dizendo devia o nosso governo de implementar um imposto para quem se atreve a desrespeitar os feriados , teimando em trabalhar, não porque o seu superior assim o exigiu, mas porque de livre e expontanea vontade , o trabalhador desejou. Onde ja se viu? em vez de aproveitar um belo dia de sol para descansar , ronronar, dormitar, ou simplesmente nada fazer, duas manfias ( sim, porque pior nome não pode haver) decidiram encafuar-se no seu local de trabalho e passar sete horinhas deste precioso feriado , em frente de uma lista enormeeee de livros, dvd, e afins , confrontando titulos, preços, criando grupos de livros para diferentes instituições para poder levar avante um projecto que um dia se lembraram de inventar. E como essas duas pessoas já consideram que pouco trabalho têm, ainda se deram ao luxo de tornar mais graciosas simples caixas de cartão, porque , claro , não era nada bonito levar os livros acabadinhos de comprar e ainda com o cheirinho a papel fresco( eu disse isto?) em caixas castanhas sem qualquer tipo de ornamento. Por isso vos digo meus caros amigos. Há pessoas neste mundo que mereciam ser castigadas. Onde já se viu isto? não podiam ter ficado sossegadinhas em casa? no monte? na praia?
Continuem assim , que um dia alguém repara e depois é ver a tal lei que há tanto tempo magica na cabeça dos nossos governantes. Deixam de ter feriados em dias da semana, ai deixam deixam!
E depois não se queixem se alguém vos chamar nomes!
 
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