Por terras de Beja andando ou andarilhando, fiz um workshop de pseudo-escrita criativa, onde demonstrei a minha monstruosa genialidade criativa, que resulta, ou resultou nos seguintes excertos. Com base no meu acrónimo (graças a Deus que o meu nome só tem cinco letras)
Para finalmente me Entediar de toda esta Dor de viver Recorro ao parco Oxigénio dos livros que me rodeiam
Profissão não-existente (com grande pena minha):
Alcoólico 1- Conhecimento preferencial de bebidas brancas 2- Exige-se dedicação e empenho 3- Será submetido a um criterioso exame e posterior formação de 6 meses 4- Experiência em actividades semelhantes 5- Elemento de risco constante com remuneração adequada 6- Carreira aliciante e com fortes possibilidades de progressão
Como aqui ficou provado, só sou capaz do pior e melhor. Assombroso, EU.
Por vezes há necessidade de fazer um post absolutamente absurdo (tal como o anterior) para cortarmos com a realidade e logo a seguir retomá-la de forma enfática e nova. Isto poderia ser dedicado à Deolinda e a todos o professores, mas não o vou fazer, pois a referência já está mais ou menos implícita. Boa chuva para todos!
Peguei numa tela branca, sem vida nem cor peguei num pincel e dei-lhe alegria no meio ,o cheiro fugaz das cores odores~ sabores amores Juntei tudo isso e criei uma paleta de flores com vida para sempre eterna.
Numa altura em que o pessoal docente anda às turras com o Ministério da Educação, eis senão quando surge um dos partidos da oposição com a ideia de colocar na gestão dos Agrupamentos, pessoas de reconhecido mérito , eleitas pela assembleia de escola também ela formadas maioritariamente por pais e por elementos estranhos à docência. Ora bem... Vamos lá por partes a ver se eu consigo raciocionar. Por um lado apostou-se durante anos na especialização de docentes em àreas como a administração escolar, mais precisamente no periodo de governação do psd. Mais tarde surge a lei de autonomia das escolas e com elas a formação dos agrupamentos escolares, onde se pode ler que para os órgãos de gestão, deverão ser eleitos preferencialmente docentes com especialização na área. E acreditem que mesmo preenchendo todos esses requisitos e ao fim de cino anos na gestão escolar,ainda hoje tenho dúvidas, receios, dificuldades que diariamente surgem e que tento resolver da forma mais humana e razoável que posso. Pergunto, e se querer ferir a suscepitbiidade seja de quem for, se os encarregados de 3educação ou alguêm de reconhecido mérito conseguirá gerir todo um leque de situações por vezes bastante desagradáveis, muitas vezes até levantadas pelos próprios . Esquecem-se que uma formação em administração escolar baseia o seu curriculo na Gestão de Empresas? Afastam-se os professores da realidade dando origem a um maior cataclismo ministerial? Ou criam-se quadros para os amigos? Sinceramente leva-me a crer que alguêm não sabe muito bem o que anda a fazer neste nosso POrtugal. E não são os professores
Um miminho custa pouco , mas dá muito. Ns horas de maior cansaço dedico-me a inventar. Misturo técnicas, imagino cores, crio sensações. Dou por mim a criar um miminho para ti, para mim, para alguêm mas acima de tudo mimo !
Será possivel que o telefone não pare de tocar? Que todos os dias saio do trabalho com a sensação que nada fiz? Que as orientações que ontem recebi, hoje já não sejam as mesmas? Que as pessoas estejam tão insatisfeitas com o presente que culpam tudo e todos do mal que lhes acontece? Será possivel que tudo isto aconteça ? Infelizmente é ... e ainda agora o ano lectivo começou! Isto leva-me a não esquecer que tenho de jogar no euromilhões.
um pouco de luz. uma réstea de amor um carinho de cor um gostinho de flor Cores, pedrinhas, pózinhos misturadinhos com calor Juntamos tudo criamos algo. Com sabedoria, paciência, deixamos ferver e vertemos Surge assim uma vela com vida própria. Eu gosto.
E porque um elogio sabe sempre bem, aconchegando o ego deixo aqui mais umas obras de arte ( ou talvez não) que vou criando ao mesmo tempo que me liberto de tramas, enganos, futilidades , desavenças, e outros sentimentos pouco nobres mas cada vez mais em voga nos dias que passam. A culpa só podia ser de quem nos elogia claro!
Porque é que os ditos grandes investigadores promovem encontros, estudos, conferências para na prática se chegar à conclusão que para todo o tipo de trabalho, além da teoria q.b. é necessário acima de tudo uma boa dose de sensibilidade, bom senso e muita , mas mesmo muita carolice? Digo isto, porque hoje acabei mais uma vez por perceber que a grande parte dos seminários que vou, nada me trazem de novo, e que acima de tudo servem para alguêm expôr os ultimos estudos do seu doutoramento. Aprendemos algo? Não, apenas ficamos a saber o que já temos. Mas como modificar, como dar forma, como criar? Isso já não entra na conferência. Pena! Porque depois de três dias intensos de prazer pela leitura e pelos contos, sabia bem continuar na mesma onda.
Num curso de escrita pseudo-criativa (ou será pseudo-escrita??) dou por mim a tentar subverter a coisa. Quando isto acontece, só há duas atitudes a tomar em relação à minha postura: ou se gosta ou não se gosta. De facto, uma delas foi tomada (acho eu)
Ainda voltando ao tema anterior , o que me dedico a fazer todos os domingos de manhã , é precisamente uma espécie de terapia. Isto porque apesar de não ter muito geito para artes decorativas, durante três horas, dou asas à imaginação e com tintas, colas, pincéis,e outros artefactos, supero o cansaço da semana , liberto as energias negativas e no fim ainda consigo produzir algo de útil quanto mais não seja para demonstrar que somos capazes de criar ! Isto para mim é terapia. Eu acho!
Ainda reflectindo no que ouvi e aprendi nestes últimos três dias , fiquei a pensar numa questão que se levantu numa das oficinas. Será que contar histórias num hospita é terapia para quem ouve ou é arte para quem conta? Dizia a Bia ( associação sorriso) que para ela é arte. Arte de saber contar, arte de saber escolher as histórias, arte de fazer sorrir! Eu concordo com ela, porque acima de tudo o importante é naqueles momentos transmitir alegrias,sonhos,momentos lindos e poderosos que ajudam a minimizar a dor e o receio do futuro. E isso na verdade é Arte! Eu acho!
Já gastamos as palavras pela rua meu amor e o que nos ficou não chega para afastar o frio de quatro paredes. Gastámos tudo menos o silêncio Gastámos os olhos com o sal das lágrimas Gastámos as mãos à força de as apertarmos Gastámos o relógio e as pedras das esquinas em esperas inúteis.
Meto as mãos nas algibeiras e não encontro nada Antigamente tinhamos tanto para dar um ao outro era como se todas as coisas fossem minhas quanto mais te dava mais tinha para dar.
Ás vezes tu dizias: os teus olhos são como peixes verdes e eu acreditava Acreditava porque ao teu lado todas as coisas eram possiveis
Mas isso era no tempo dos segredos era no tempo em que o teu corpo era um aquário era no tempo em que os meus olhos eram realmente peixes verdes Hoje são apenas os meus olhos É pouco, mas é verdade uns olhos como todos os outros
Já gastamos as palavras, Quando agora digo ; meu amor já não se passa absolutamente nada E no entanto,antes das palavras gastas tenho a certeza, que todas as coisas estremeciam só de murmurar o teu nome no silêncio do meu coração
Não temos já nada para dar Dentro de ti não há nada que me peça água o passado é inútil como um trapo E já te disse; as palavras estão gastas.
palavras soltas no tempo, no aonho, no mundo letras , letrinhas brincando de meninas coloridas de fantasia dançarinas de melodias. Misturam-se com o fado, o abué, o violoncelo No fundo criam, recriam, inventam, são viajantes do espaço e da vida e me transportam para o outro lado da vida da fantasia!
Tenho de pedir desculpa ao meu amigo Magnus por esta manhã nem sequer ter tido a amabilidade de lhe dizer Bom dia. Há situações que me tiram do sério e o facto de não ter qualquer autonomia para resolver determinadas situações deixam-me completamente fora de mim. Ainda por cima quando os órgãos superiores de quem dependo a nível administrivo não atenderem os telefonemas , quando se tem o futuro profissional dos colegas entre mãos. Mas , deixo aqui o meu sincero pedido de desculpas!
Não sei se seria esta continuação que o meu caro amigo Magnus se referia, mas de manhã não estava nada bem disposta com os resultados das últimas colocações. Eu sei, aliás todos nós sabemos que no inicio de carreira é da praxe andarmos com a casa às costas . Até aqui, nada de novo. O que me entristece é ouvir os responsáveis superiores do nosso ministério, dizerem que as colocações dos professores decorreram normalmente e no inicio de Setembro ter ainda cerca de vinte e tal professores afectos administrativamente ao nosso Agrupamento , além dos que se conseguiram vincular pela primeira vez, fazer a distribuição dos mesmo pelas turmas e escolas existentes, planificar-se trabalho, e aos poucos vê-los a ser colocados algures por este Alentejo fora. Com a agravante que no lugar que lhes tinha pertencido o ano anterior , virem colegas precisamente das zonas para onde eles agora terão de ir. Depois , é ver uns conversando com os outros... Queres trocar comigo? esta escola fica mais perto da tua casa? e assim por diante. Num país que se prima por ser expert em burocracia, é vê-los a pedir autorizações superiores para que lhes seja concedida a troca, e andarem com o coração nas mãos calcurriando quilómetros e quilómetros até ao desejado dia da autorização. Enquanto isso, os filhos ficam aqui e ali ( sim porque nem todos têm suporte familiar) . Mas hoje , custou-me ouvir o que ouvi. E apesar de ter ficado aborrecida pela colega ter sido colocada no alentejo profundo, o que me custou mais foi ter ouvido que o seu filhote lhe tinha dito a chorar : não vás mãe, despede-te ! Quando se apregoa tanto na importância da estabilidade do corpo docente, quando se tenta mudar as regras da educação de forma a permitir um maior apoio à familia , pergunto-me: Alguêm pensa nos filhos dos professores? Se me souberem responder agradeço!
Nunca me tinha apercebido de quão perfeito e ajustado é o título deste blogue como quando hoje de manhã fui à escola. Ao entrar na Secretaria, deparei-me com um cenário meio apocalíptico: Uma professora chorava, havia pessoas em redor e a responsável maior deste blogue fazia um telefonema com cara de poucos amigos. Independentemente de o telefonema ter ou não que ver com a situação, tratei sobriamente dos meus assuntos e abandonei o local sem demoras. A vida de professor é essa mesmo: andar por aí...
PS- Este texto há-de ter um qualquer tipo de continuação que ainda não pensei muito qual é que será
Enquanto tento reflectir sobre o que assisti ontem no prós e contras , tenho de confessar que fiquei deveras aborrecida com a afirmação da colega do secundário quando afirmou que não tinha colocado o filhote num jardim de infância público por não lhe terem permitido assistir às actividades. Importa esclarecer uma coisa... na educação pré escolar cada vez mais os encarregados de educação são chamados para colaborar. Existe uma envolvência muito próxima entre todos os intervenientes sejam eles pais, educadores, auxiliares, comunidade em geral. Mas tambêm existem orientações curriculares muito bem definidas que se pretende que se desenvolvam durante o periodo que a criança frequenta o pre escolar de forma a criar bases em âreas distintas , alicerces fundamentais para uma boa aprendizagem no 1º ciclo. Mas tambêm é papel da educadora informar os pais do que se faz no jardim de infância. Não creio que tenha sido isso que sugeriu, mas sim de assistir às actividades . Porque não creio que nehuma educadora lhe negaria informação sobre o trabalho pedagógico. Sobre o assistir às actividades... será que no ciclo e no secundário algum professor permite que os pais dos seus alunos assistam às suas aulas? E se forem pais de potenciais alunos? tambêm lhes permite que assistam para depois escolher ou não este ou aquele professor? Voltamos ao mesmo, colegas... Quando falamos , esquecemo-nos de virar o espelho para nós . Convêm começarmos a reflectir nas palavras porque de outra forma apenas nos afundamos na irreflecção...
Para grande desilusão de uma larga maioria da sociedade internacional, regressei e bem de saúde. De acordo com as mais vertentes da lusitana língua, despeço-me com um: me espera, vai?
Posso dizer que hoje estou vaidosa... não muito vaidosa, mas um cadinho sim. Isto porque hoje alguém me disse que depois de ler o pequeno artigo que tinha feito para o jornal local sobre dois livros que li nas férias, tinha ficado com imensa vontade de os ler. Confesso que estava com algum receio de o fazer porque nunca gostei de me êxpor, e porque a minha forma de escrever é tal como eu vivo a vida... de uma forma simples, mas com um sorriso, tentando sempre ser o mais correcta e consciente dentro das atitudes que tomo. Mesmo com um pouco de loucura à mistura é certo. Mas , pronto... hoje estou um cadinho vaidosa. E se pelo menos uma pessoa que tenha lido o artigo , sente vontade de ler é porque consegui passar a mensagem que pretndia, mesmo com uma escrita simples. É bom !
Chego ao fim de semana cansada , não porque o trabalho me deixe assim, mas por assistir à exigência dos encarregados de educação , que teima em olhar apenas para o seu umbigo, menosprezando acima de tudo os seus próprios filhos. Tambêm sou mãe e claro que defendo os direitos do meu filho. Mas tento acima de tudo ser racional e inteirar-me das situações antes de abrir a boca e desancar em cima de tudo e de todos, como se os outros é que tivessem culpa de eu ter decidido ter um filho. Se não é pelos subsidios, é pelo apoio ao estudo. Se não é pelo inglês, é pela componente. Se não é pela professora é pela auxiliar. Enfim... uma dia alguêm se lembrará de criar um manual de instruções para lidar com os pais. Mas até lá, tenho a leve esperança que as pessoas pensem um bocadinho antes de dizerem o que lhes vai na real gana! Porque enquanto cidadão, sejamos ou não pais, há algo que nunca nos deveriamos esquecer. é que todos temos direitos, mas tambêm temos deveres , e enquanto cidadãos , devemos saber respeitar se quisermos tambêm ser respeitados!
Ando há uns dias às voltas com um esquema matemático que gostaria de ver resolvido: ora bem... Segundo o nosso governo, encerra-se escolas , colocam-se no activo docentes perto da idade da reforma,retiram-se dos sindicatos um certo número de docentes , enfim, um sem número de situações criadas para resolver o défice. Nada que eu tenha a ver com isso, até porque , as crianças devem estar o minimo de tempo com as familias, palmilhando por isso os quilómetros todos que o estado decidir. Se eu mandasse ,até mal nascessem seriam colocados em colégios só de lá saindo quando fossem ricos e famosos. Por outro lado , era o que faltava ir para a reforma sem primeiro passar as passinhas do algarve pelas escolas dos dias de hoje, e tanta gente nos sindicatos para quê? Para o estado pagar a quem contra eles luta? pois era o que mais faltava! toca tudo a ir trabalhar! mas a questão não é essa! A questão que eu ainda não consegui resolver ,é que havendo tanta gente ainda por colocar , o Estado , dá-se ao luxo de ainda ir buscar mais docentes para estes poderem subsituir atestados médicos. O que fazendo bem as contas, dá : Um ordenado 14meses no ano + um ordenado / mês por cada atestado. Alguêm me explica onde está a economia disto? Por outro lado, encontramos turmas com mais de vinte e cinco alunos , professores angustiados sem saberem onde irão parar amanhã ou depois, e no fim alguêm do nosso ministério a dizer que as escolas estarão a funcionar em pleno no dia 15 de Setembro. O que me custa é ver que tudo até poderia estar a funcionar sim em pleno, se deixassem de pensar nas crianças como números e se preocupassem verdadeiramente com o que significa a palavra EDUCAÇÂO. Mas será que alguêm sabe?
Penso que algures por esta vila , deve haver uma comunidade de moscas tsé tsé, que estão a tomar conta de mim. Só me apetece dormir , dormir , e cada vez que acordo e oiço barbaridades daquelas que apenas se deveriam permitir a pessoas incultas e mesmo assim com algum contento, fico logo anestesiada e volto a recolher ao meu cantinho. Enfim... Pode ser que amanhã com mais uma aulita de artes decorativas se me levante a moral!
Perante o que vi e ouvi ontem, arrisco a dizer que com bom textos , uma boa música de fundo poderei também apresentar -me ao vivo e a cores. Pelo menos, boa dicção, entoação, sentimentos e emoções não me faltam! Ao fim e ao cabo , todos nos somos actores, a partir do momento que nos entreguemos com alma ao que nos propomos fazer! E esta hem?
Não consigo abstrair-me.... Mas não consigo mesmo.... E vou ter de dizer o que me vai na alma. Para quem tem uma formação de teatro, o espectáculo nao foi mau..... nem foi mauzinho.... Foi péssimo! Falta de entoação, dicção deficiente, palavras lidas atabalhoadamente,sem vida, sem emoção, nervosismo constante, enfim.... tudo o que eu não esperava. Valeu a música que de quando em quando se ouvia . E mais não digo, sob pena de depois não conseguir controlar o que me vai na alma!
Agora entendo o papel dos criticos quando têm de opinar sobre um determinado assunto. Acreditem que já comecei a escrever este post , pelo menos umas dez vezes e essas mesmas vezes o apaguei, pois como sempre defendi, as criticas devem ser , a meu ver construtivas. Mas acreditem que perante o que ontem assisti, sinto o meu estado maquiavélico a querer vir ao de cima e dizer tudo , mas tudinho o que me vai na alma! Mas ... respiro fundo e vou tentar abstrair-me desses pensamentos. Assim sendo.... ...........
Tenho andado aqui a digerir uma proposta que me fizeram e que a se concretizar ( o que eu mto gostaria) vai ser uma verdaeira bommmmm....ba no meio . E mais não digo!
Embora este seja o início de uma das canções do West Side Story, o que haverá hoje à noite lá pela hora do costume no local do costume será uma leitura dramatizada de poesia que durará nada mais nada menos do que 59 minutos. Sinto, e isto deve ser única e exclusivamente desta fantástica brisa matinal que corre pela vila, que hoje javerá brainstorming (seja lá isso o que for...) Até logo!!!
ouvi dizer que na próxima quinta feira no sitio do costume, irá acontecer mais um serão diferente dos habituais. Um rapazito que até é actor, irá declamar e ler alguma poesia ,durante 59 minutos. Isso mesmo , 59 m, bem definidos e contados pelo próprio. Amanhã já vos darei mais pormenores, mas de qualquer forma se quiserem passar uma noite diferente , basta estarem um pouquinho antes das dez no Espaço... Garrett, claro!
Às vezes gosto de ser assim fleumático (seja lá o que isso for). Fica-me bem. O processo cognitivo continua a desenvolver-se como de costume. A sugestão anterior foi uma boa sugestão. Melhor se calhar que...
Pensando ainda no que irão ser algumas noites de outono, porque não deixar aqui um titulo que considero sugestivo ... Café com letras... ou mais abrangente ainda Café com Arte Fica a sugestão
Por vezes encontro textos que me marcam ,e como não tenho o dom da escrita, guardo-os para numa determinada ocasião os poder reler , como se buscasse o significado de algo . Este texto de Vinicius de Moraes, fui rebuscá-lo à minha caixinha dos tesouros... Pareceu-me apropriado reler depois de mais uma vez me desiludir com atitudes inglórias. Pode ser que um dia , não o partilhe apenas aqui, mas perante todos aqueles que considero Amigos.
Procura-se um amigo
Não precisa ser homem, basta ser humano , basta ter sentimentos, basta ter coração. Precisa saber falar e calar, e sobretudo saber ouvir Tem de gostar de poesia , de madrugada, de pássaro , de sol, da lua,do canto,dos ventos , das canções da brisa. Deve ter amor, um grande amor por alguém, ou então sentir falta de não ter esse amor. Deve amar o próximo e respeitar a dor que os passantes levam consigo. Deve guardar segredo sem se sacrificar.
Não é preciso que seja de primeira mão, nem é imprescindivel que seja de segunda mão. Pode já ter sido enganado, porque todos os amigos são enganados Não é preciso que seja puro, nem que seja todo impuro, mas não deve ser vulgar. Deve ter um ideal e medo de perdê-lo , e no caso de assim não ser , deve sentir o grande vácuo que isso deixa. Tem que ter ressonâncias humanas , seu principal objectivo é ser amigo. Deve sentir pena das pessoas tristes e compreender o imenso vazio dos solitários. Deve gostar de crianças e lastimar as que n puderam nascer.
Procura-se um amigo para gostar dos mesmos gostos, que se comova quando chamado de amigo. Que saiba conversar de coisas simples, de orvalhos , de grandes chuvas e das recordações da infância. Precisa-se de um amigo, para não se enlouquecer, para contar o que se viu de belo e triste durante o dia, dos anseios e das realizações, dos sonhos e da realidade. Deve gostar de ruas desertas, de poças de água e de caminhos molhados, de beira da estrada, de mato depois da chuva, de se deitar no capim.
Precisa-se de um amigo que diga que vale a pena viver, não porque a vida é bela, mas porque já se tem um amigo. Precisa-se de um amigo para se parar de chorar. Para não se viver debruçado no passado em busca de memórias perdidas. Que nos bata nos ombros sorrindo ou chorando,mas que nos chame de amigo, para ter-se a consciência de que ainda se vive!
Numa altura me que o meu futuro é tão claro como o do badalado caso Mateus, fui abordado, juntamente com a Dona MING, para um projecto. Ou pelo menos a minha mente já me transporta à criação de um projecto. Mas tal como o caso Mateus, as minhas ideias fluem apenas de mim para mim à espera do veredicto final
Costumo dizer que por vezes é preciso alguém dar o mote para a seguir continuar o raciocinio. E é isso mesmo que me atrevo a fazer com este post. Costumo dizer que vivo numa vila, pacata por sinal, onde consigo manter a minha sanidade mental longe do stress citadino. Mas acreditem que por vezes obrigo-me a deslocar à cidade para tomar um " banho cultural" ,e isto porque , até há bem pouco tempo não encontrava onde o fazer , poix os bailaricos e as noitadas de copos não são própriamente o mais interessante a meu ver para passar um pouco do nosso tempo de ócio. Primeiro com a comunidade de leitores e há uns meses para cá com a dinamização do Espaço , acreditem que começo a ver a nossa vila a enriquecer-se culturalmente. São passos pequeninos, ainda dados a medo, mas que tenho a certeza que gradualmente vai atingindo o que se pretende. O Espaço é isso mesmo... um espaço cultural onde tudo o que se encontra é arte em todo o seu sentido. Arte na gastronomia ,liderada pela Nide que respira simpatia pelos presentes pela Ana que é um doce de senhora capaz de levantar a moral aos mais cépticos com o maravihoso bacalhau, e pelo Jorge que consegue criar pratos sensacionais com aquele toque de maitre . Arte, nas exposições de pintura e artesanato Arte nas iguarias regionais desde os azeites ,aos doces, aos licores... Arte na poesia que se declama, na guitarra que toca, na voz que entoa, no monólogo que se partilha... Arte.... em saber estar, em dar e receber... Cultura!
Seguindo uma série de conversas, aqui fica mais um post a ajudar... Ontem houve música ao vivo no Garrett. O problema, ou não, é que isto já começa a ser habitual. A meu ver parece-me bem, até porque na próxima quinta haverá uma sessão de poesia, à mesma hora, no mesmo local. Será que o Garrett irá assumir as quintas?