Nasreddin Hodja (que é um funcionário religioso) casou perto do mês do Ramadão.. Para a cerimõnia ele comprou imensa comida e bebida, juntamente com as mobílias necessárias. Preencheu os pratos com arroz, batatas, azeite, sal… Os dias continuaram a passar e ele continuou a levar comida.
Um dia, a sua esposa, que era bastante crédula e percebia tudo ao contrário, perguntou-lhe:
- Não compres açúcar hoje. Já temos suficiente.
- Mas o Ramadão vai começar em breve e eu comprei-o para o Ramadão.
Noutro dia, a esposa de Hodja voltou a alertá-lo:
- Já temos um quilo de café. Acho melhor não comprarmos mais.
- Já chegámos ao Ramadão. – disse-lhe Hodja.
Um dia, enquanto a mulher de Hodja estava a olhar para a rua, viu as pessoas a falarem e ouviu que uma delas dizia para outra: Oh meu amigo Ramadão, bem-vindo!
A mulher do Hodja chamou um dos homens e disse:
- Temos alguns produtos armazenados aqui
E deu aos homens toda a comida que Hodja tinha vindo a comprar.
Quando o mês do Ramadão chegou, a mulher de Hodja cozinhou arroz todos os dias, até que ele lhe perguntou:
- Onde é que está toda a comida que comprei? Porque é que não a cozinhas?
A sua esposa respondeu-lhe que a tinha dado toda a um homem que se chamava Ramadão.
- Enquanto tiveres essa cabeça teremos que continuar a comer arroz.
PS- Ramadão tem dois significados:
1) Nome especial para pessoas
2) Nome que se dá ao mês em que se jejua
oito lá pelas 21h30, para deleitar o público grandolense.
A humildade é, sem sombra de dúvidas a sua maior virtude.