quarta-feira, setembro 20, 2006,8:52 da tarde
Falta de sentido
Não sei se seria esta continuação que o meu caro amigo Magnus se referia, mas de manhã não estava nada bem disposta com os resultados das últimas colocações. Eu sei, aliás todos nós sabemos que no inicio de carreira é da praxe andarmos com a casa às costas . Até aqui, nada de novo. O que me entristece é ouvir os responsáveis superiores do nosso ministério, dizerem que as colocações dos professores decorreram normalmente e no inicio de Setembro ter ainda cerca de vinte e tal professores afectos administrativamente ao nosso Agrupamento , além dos que se conseguiram vincular pela primeira vez, fazer a distribuição dos mesmo pelas turmas e escolas existentes, planificar-se trabalho, e aos poucos vê-los a ser colocados algures por este Alentejo fora.
Com a agravante que no lugar que lhes tinha pertencido o ano anterior , virem colegas precisamente das zonas para onde eles agora terão de ir.
Depois , é ver uns conversando com os outros... Queres trocar comigo? esta escola fica mais perto da tua casa? e assim por diante.
Num país que se prima por ser expert em burocracia, é vê-los a pedir autorizações superiores para que lhes seja concedida a troca, e andarem com o coração nas mãos calcurriando quilómetros e quilómetros até ao desejado dia da autorização. Enquanto isso, os filhos ficam aqui e ali ( sim porque nem todos têm suporte familiar) .
Mas hoje , custou-me ouvir o que ouvi. E apesar de ter ficado aborrecida pela colega ter sido colocada no alentejo profundo, o que me custou mais foi ter ouvido que o seu filhote lhe tinha dito a chorar : não vás mãe, despede-te !
Quando se apregoa tanto na importância da estabilidade do corpo docente, quando se tenta mudar as regras da educação de forma a permitir um maior apoio à familia , pergunto-me:
Alguêm pensa nos filhos dos professores?
Se me souberem responder agradeço!
 
posted by Majo
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