Ontem e no seguimento das celebrações da elevação da vila de Grândola a Concelho ou a qualquer coisa visível no panorama administro-político nacional, veio cá tocar um insigne filho da terra, o senhor Carlos Martins. Pois mais que tudo, o senhor Carlos Martins veio cá demonstrar o bem que lhe fez ter saído de cá. Apresentou, mais do que ele próprio, uma série de convidados de luxo como foi o caso da nova revelação cabo-verdiana Mayra Andrade, os fadistas mais que consagrados Camané e Carlos do Carmo, a sinfonieta de Lisboa, e guardei mesmo o melhor para o fim: Bernardo Sassetti no piano e o meu baterista de jazz preferido: o senhor Alexandre Frazão. Quanto ao público: por muito que me custe admitir, muitos poucos eram os que sabiam ao que iam num espectáculo claramente vocacionado para o populismo que propriamente o jazz. Mesmo assim que não conseguiu superar a prova foi mesmo o público que aplaudiu efusivamente Carlos do Carmo e que se "esqueceu" de aplaudir no fim de improvisos geniais.